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Quinta-feira, 5 de Junho de 2008

Testemunho de Uma Aluna Universitária

Adaptação ao ensino superior.

Em meados de Outubro de 2007, iniciei a minha saga, a minha grande saga pela vida académica. Durante o verão pensei que ia ser o inicio dos melhores anos da minha vida… que o meu percurso enquanto estudante iria começar ali. Conhecer dezenas de pessoas novas e interessantes, vindas do norte, do sul, das ilhas, eventualmente do estrangeiro… A faculdade era, de facto, uma nova etapa, completamente diferente das anteriores. No fundo, no fundo, era a minha afirmação enquanto ser independente e adulto (apesar de dependente financeiramente dos pais, claro).

E então cheguei a Lisboa. Não para vir passear, mas sim para vir viver sozinha durante o próximo ano. Foi então que me apercebi que a vida de estudante universitário talvez não fosse tão magnífica quanto imaginara. Cheguei à cidade universitária, inscrevi-me no curso e lá fui dar uma volta pela minha nova escola (uma grande escola, por sinal). No fim do dia, depois de me familiarizar um pouco melhor com os transportes, os meus pais, irmã e avô foram-se embora. Senti-me um pouco abandonada… umas lagrimazitas, como não podia deixar de ser… (sim, para mim, despedida que se preze tem de ter lágrimas! J). Recompus-me rapidamente, acomodei-me em casa e quando comecei a pensar em como seria a minha primeira viagem por Lisboa, completamente sozinha (foi no regresso da faculdade, e não na ida para lá, nessa fui acompanhada), fiquei completamente aterrorizada. Estando a viver perto de Chelas e de Xabregas (os nomes falam por si), apanhar o autocarro, que não diz o nome das paragens, apanhar o metro, que está numa constante azáfama… para mim isso chegava para me deixar amedrontada. Só fiquei nessa casa duas semanas!!!

Estudos… as aulas não corresponderam, de todo, às minhas expectativas. Não num sentido negativo (nada tenho a dizer acerca das aulas ou dos professores do 1º semestre), mas a minha visão demasiado romântica das coisas levou-me a imaginar anfiteatros em madeira escura, ao estilo do início do século XIX e professores a debitar matéria. Apontamentos dados pelos professores e apresentações de power point? Isso era coisa do secundário… O ritmo, esse sim, correspondeu às minhas expectativas. Ainda por cima tendo entrado na 2ª fase, quando já todos os meus colegas tinham entrado na engrenagem do ensino superior. Pela altura do fim do semestre estava eu a começar a acompanhar. Triste, muito triste… No segundo semestre entrei com o pé direito e com a confiança de que seria capaz de acompanhar bem a matéria, sem repetir o falhanço épico do 1º semestre. Nos exames, logo se verá.

A relação com os colegas foi uma relação muito conturbada. O meu terrível feitio de não confiar nas pessoas levou-me a alienar completamente os colegas de curso que tentavam, sem qualquer sucesso, relacionar-se comigo. E já se sentiam frustrados! A verdade é que a mudança me deixou um pouco fria e só no inicio do segundo semestre consegui criar laços. E ainda bem que o fiz… Só tenho pena de não o ter feito antes. Por isso perdi jantares de curso, o baptismo do caloiro, e outras coisas. Não me queixo demasiado porque sou solitária por natureza, mas se pudesse, mudava o curso das coisas. E sim, é verdade. Não fui baptizada e por isso nem estatuto de caloira tenho. Sou um bicho…

 

                                                                                                                             Ana Justino


Publicado por profissionaissaude às 16:50

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